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Strange Desire

Um dia, tive vontade de render-me às suas vontades... à sua forma alargada de ver a Vida e o Mundo!
Estava convicta do perigo que corria. Tinha consciência que iria perder o controlo, mas, mesmo assim aceitei o desafio...

Quando o conheci, pouco sabia a seu respeito... contudo, sabia o suficiente para me entregar...

A tarde estava quente, os raios de sol penetravam o quarto...
A um canto da cama, estava eu.
Observava-o e cobiçava os seus atributos, movida por uma hipnose que julgava não existir.
As suas mãos tocavam-me os pés. A sua voz, num tom baixo, quebrava qualquer monotonia.
Apetecia-me recusá-lo mas era tarde demais.
Junto à cama, ainda sem me mexer, observava também a vela a desgastar-se pelo calor provocado pela sua chama.
De certa forma, tal acto garantia-me que o tempo não parava, não voltava atrás e que deveria aproveitar aquele momento por mim tantas vezes sonhado.
Ele tinha sobre a minha mente um domínio demoníaco misturado com sentimentos contraditórios.
Em contrapartida, para ele, eu representava a quebra de qualquer rotina... um mistério, uma tentação, uma descoberta carregada de vontades, emoções adormecidas, uma viagem que começara no corpo e acabara na alma...

- Apaixonei-me por ti!
- Quando?
- Não sei bem! Para já não te consigo dizer em que momento começou...
- Faço-te mal?
- Xiiiii, pergunta difícil! Para já fazes-me bem, no futuro logo se verá!
...
- Acho que me apaixonei pelo demónio?
- Nenhum homem pode ser assim tão mau!
- Achas mesmo? O problema é que gosto de homens maus que me façam muito bem...

Convictamente, explorava os meus pés, as minhas pernas e de imediato senti a vagina apertada em espasmos repetidos...
Olhava-me com um olhar profundo e penetrante... enquanto lhe movia a cabeça em sinal de aprovação e começou assim a nossa viagem.
Ouvi-o suspirar à medida que as suas mãos subiam e descobriam o resto da minha carne.
Desejei beijá-lo na boca, passar a minha língua pelo seu pescoço. Lambê-lo com sofreguidão numa primeira vez.
Levantei-me e num primeiro acto, levei os meus dedos ao meio das minhas coxas. Mergulhei-os na minha humidade para sua delícia.
De seguida trouxe-os aos meus lábios, molhando-os com o meu líquido.
Convidei-o a beijar-me a boca, a provar o meu íntimo sabor, a tocar-me a vagina molhada.
Num gesto súbito, puxou-me contra ele, beijou-me e provou-me pela primeira vez. Ao encostar-me a ele, senti o seu pénis completamente erecto.
A expectativa do momento deixava-me o sangue a ferver.
Efectivamente desejava que aquele momento acontecesse. E depressa!
Desviei-lhe a mão direita fazendo-a descer até à minha vagina, causando assim um impacto enorme sobre o seu prazer.
Entrelacei os meus braços no seu pescoço e pendurei-me nele de pernas também entrelaçadas e bem abertas.
Apertou-me o corpo num abraço quente e deitou-me sobre a cama de ferro de forma apressada. Comecei por retirar-lhe a roupa do corpo. Diante de mim tinha um tronco firme e moreno.
O seu cheiro inebriava o meu olfacto...
Depressa permiti que me retirasse o vestido, o sutiã, as cuecas, a alma...
Fixei o meu olhar no nele enquanto retirava no seu corpo a roupa restante. Soube naquele precioso momento que não havia volta a dar.
Beijou-me uma vez e outra... espalhou a sua saliva no meu rosto.
Abri as pernas quando o rosto dele mergulhou de vez a uma profundidade vertiginosa, quando a sua língua brincou com o meu clitóris, quando os seus dedos entravam inteiros dentro de mim.
Pedi-lhe que me entregasse o seu pénis erecto num 69 memorável.
Sentia-me a escorrer. Quis gritar até que a voz me doesse mas já não tinha espaço ou tempo para tal. O seu sexo entrava e saia da minha boca, deixando-me completamente rendida ao prazer que sentia.
Exibia-me enquanto lhe sugava o pénis e sentia a sua língua a fazer maravilhas lá em baixo.
Consegui respirar fundo e parar, já quando ele estava bem perto de atingir o orgasmo na minha boca.
O meu coração batia forte, apetecia-me devorá-lo, mordê-lo, acorrentá-lo.
Agarrei-o pelo traseiro, coloquei à sua mercê os meus seios e os meus mamilos rijos. Foi nesse momento que o seu sexo procurou o meu num só gesto habilidoso.
Hummmm, que dureza... pensei.
Iniciámos uma dança de movimentos exímios e reflectidos em muito prazer. Ele entrava em mim com força, com insistência e muita vontade... Eu perdia-me em devaneios obscenos e palavras de pura tesão...
Penetrava-me profundamente, enquanto as minhas unhas cravaram os lençóis da cama... a cada estocada mais o desejava, perdendo por completo o controlo sobre mim ou do meu corpo agora perto de atingir um orgasmo avassalador.

Venho-me.
Ele vem-se logo depois, retirando o seu pénis apressadamente, e depositando todo o seu líquido espesso e quente na minha virilha.
Sem perder tempo, passa dois dedos sobre esse mesmo liquido e coloca-os bem dentro da minha boca, para que pudesse, agora eu, provar o seu sabor.


Foi uma descoberta sem retorno, num universo íntimo e tão cheio de histórias para contar... Futuramente!

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